História de Juína
Origem Histórica - A denominação Juína é referência geográfica ao Rio Juína-Mirim. A cidade surgiu a partir da implantação do Projeto Juína, com aproximadamente411.000 hectares de terras, localizado na região do Alto Aripuanã e Juína-Mirim, entre os kms 180 e 280 da rodovia AR-1. Esta estrada ligaria a BR364, a partir do município rondoniense de Vilhena, até a sede do município de Aripuanã, e passou a se constituir no principal eixo da malha viária prevista para o Pólo Aripuanã.
O próprio programa previa a implantação de uma cidade em sua área de influência. Observado que a estrada passaria em sua maior parte por terras públicas, de domínio do Estado, surgiu a idéia de se desenvolver um projeto de colonização como a melhor alternativa para a implantação da cidade.
A colonização efetiva deu-se a partir de 1978, através de ações desenvolvidas pelo engenheiro civil Hilton de Campos, mato-grossense de Cáceres e antigo funcionário da Codemat,que passou a ser considerado o fundador da cidade de Juína.
O projeto que resultou no núcleo Juína foi considerado o maior êxito de colonização da Codemat. Em virtude do crescimento acelerado, em 10 de junho de 1979, foi criado o distrito de Juína.
Trata-se de uma regiao rica em língua indígena, inicialmenre habitada pelo povo Cinta-Larga poseriormenre os Rikbakta e também End-Wenê-nawê e.ultimarnente o povo Nha,nhikwdra.
Pela região passou a Comissão Rondon e a linha TELEGRAFICA. Os estudos atingiram toda a região do atual município de Juína.
A partir do ano de 1958, aconteceram invasões de terras lndígenas e mesmo uma ofensiva bélica denominada na mídia de “Massacre do Paralelo 11 “.
Para fazer frente, de alguma forma à guerra dos seringueiros contra o povo indígena Cinta Larga, a Universidade Federal de MT promoveu o simposio dos Índios Cinta Larga em 1 973.
No entanto, o curso do desenvolvimento prosseguiu nos moldes costumeiros de avassaladora tomada de posse da terra. Os projetos do Estado receberam os incrementos dos incentivos fiscais do governo federal.
A Lei nº 3.307 de 18 de dezembro de 1972, reservou terras devolutas da região à Companhia de Desenvolvimento de Mato Grosso - CODEMAT para implantação de agricultura. Neste tempo a região pertencia ao município de Aripuanã.
O primeiro módulo de trabalho da Codemat assentou-se em Juína, denominação provinda do topônimo rio Juína-Mirin.
As primeiras construções foram executadas pela Codemat e impedia-se sistematicamenre a chegada de posseiros e grileiros.
Juína desenvolveu-se rapidamente. Ao par da base econômica da extração vegetal, assentou-se também a de .extração de diamantes. Se bem que o diamante não brilhasse pela pureza, compensavam pela quantidade. Além da extração vegetal pura, beneficiava-se e transformava-se a matéria prima. A pecuária acompanhou a abertura agrícola na região.
A Lei n94,456 de 09 de maio de 1982 criou o município dejuína.
“Clima: Equatorial quente e úmido com 3 meses de seca, de junho a agosto. Precipitação anual de 2.250 mm, com intensidade máxima em janeiro, fevereiro e março. Temperatura média anual de 24º. Maior máxima: 40º Menor mínima. 4º.
Dependência Genealógica: O município de Cuiabá deu origem ao Município de Santo António do Madeira (depois Rio Madeira e depois Porto Velho), Santo António do Madeira dou origem a Aripuanã, Aripuanã deu origem a Juina.
Localização: Mesorregião 127: Norte Matogrossense. Microregião 518 Aripuanã
Limites: Municípios de Aripuanã, Castanheira, Brasnorte, Campo Novo do Parecis, Comodoro, Estado de Rondónia. Coordenadas: 11º25’05” lat, sul e 58º44’05” long. o Gr. Situa-se a NNO da capital, dela distando 543 quilómetros.
Formação Geológica: Coberturas não dobradas do Fanerozóico, Bacia páleo-mesozóica Indivisa. Coberturas dobradas do Proterozóico com granitóides associados. Complexos metamórficos arqueanos e/ou Pré-Cambriano Indiferenciado. Faixa Móvel Rio Negro-Juruena.
Relevo: Planalto Parecis, Planalto Apiacás-Sucurundi. Serra do Norte, Serra Morena.
Bacia: Grande bacia do Amazânas. Para essa bacia contribuem as bacias do Juruena e do Madeira. O Juruena recebe pela esquerda o Juína-Mirim, O Madeira recebe pela direita os rios Aripuanã e Tenente Marques.
Historia de Juína MT
É região que foi imemoriavelmente habitada por povos das nações cintalarga, rikbatsa e ena-wenê-nawê. O território do município de Juína abriga duas enormes áreas indígenas e ainda a Estação Ecológica Iquê-Juruena.
O Início da povoação aconteceu através da construção da rodovia AR-1, que liga a cidade de Vilhena, no Estado de Rondônia à de Aripuanã, que na década de setenta era de dificílimo acesso, sendo conhecida por “Terra Esquecida”. Coube a CODEMAT – Companhia de Desenvolvimento de Mato Grosso a iniciativa do Projeto Juína, pensado inicialmente por um grupo de diretores e funcionários, juntamente com diretores da SUDECO – Superintendência de Desenvolvimento do Centro Oeste.
Consta ainda que o engenheiro Gabriel Müller, um entusiasta de Juína, foi um dos autores intelectuais do projeto, através de lei aprovada pelo Congresso Nacional por indicação e influência do então senador Filinto Müller, dando poderes ao Estado de Mato Grosso para a licitação da imensa área destinada ao futuro município de Juína. A seguir, dois milhões de hectares foram vendidos, principalmente para ruralistas do sul do país.
À prefeitura do município de Aripuanã, para fins agrícolas, foram cedidos 117 mil há. às margens do rio Juruena, tendo como referência a antiga vila de Fontanilhas e mais 65 mil há. às margens do rio Aripuanã.
A colonização de Juína começou a partir de 1978, quando inúmeras famílias, especialmente do centro-sul do país, migraram para esta região. Em l976, os trabalhadores de construção da AR-l, estavam a todo vapor, salvo os problemas naturais de períodos de chuvas.
Em 23 de janeiro deste mesmo ano, ocorreu uma reunião no distrito de Fontanilhas, às margens do Juruena, tendo como palco o hotel Fontanilhas, que foi construído a mando do governador José Fragelli.
Desta reunião participaram diretores da Sudeco e Codemat. Deste encontro surgiu a idéia de se formalizar o Projeto Juína, que previa a implantação de uma cidade no meio da selva amazônica.
Identificadas às terras de maior fertilidade, definiu-se a área do projeto com aproximadamente 411 mil há. na região do Alto ARIPUANÃ e Juína-Mirim, do km180 a280 da rodovia AR-1. O projeto elaborado em 1977, teve sua aprovação pelo INCRA através da portaria nº 904, de 19 de setembro de 1878.
O engenheiro Hilton Campos, detentor de grandes méritos da criação e colonização de Juína, não mediu esforços para levar os primeiros sinais de progresso à “Rainha da Floresta”, termo pelo qual é conhecida a cidade.
O projeto original previa a divisão da cidade em módulos. Cada módulo tinha35 hectares, incluindo ruas e projetos urbanístico. Os lotes mediam 12x40 m. e depois passaram a 15x40 m. O projeto que resultou no surgimento de Juína, foi considerado o maior êxito de Colonização na Codemat.
Em virtude do crescimento acelerado e acentuado, em 10 de junho de 1979, foi criado o distrito de Juína, com território jurisdicionado ao município de Aripuanã.
Juína passou a município em 09 de maio de 1982, com área de quase 30 mil quilômetros quadrados, desmembrado do município de Aripuanã.
A instalação foi no dia 3l de Janeiro, sendo primeiro prefeito eleito o professor Orlando Pereira. O setor agropecuário sofreu um duro golpe, pois a falta de operacionalidade da Cooperjuína – Cooperativa Agropecuária Mista de Juína, que foi fundada em 1980 e no ano de 1988, contava com 2.335 associados, permitiu esta situação.
Em 1988, foi criada a Delegacia Regional de Educação de Juína. A partir de 1976, foram descobertas ricas jazidas diamantíferas na região, através de pesquisas identificadas pela SOPEMI – Sociedade de Pesquisas Minerais e pelo Projeto RADAMBRASIL. A garimpagem de diamantes acabou fazendo história em Juína.
Há quem diga que já houve fase melhor. Juína foi escolhida pelos irmãos Ben–Davi, compradores de diamantes, para a instalação da “Bolsa de Diamantes”, que adquiriu, por longos anos, considerável lote de gemas.
O comércio diamantífero não escolhe lugar nem hora para ser realizado. Basta sair nas ruas da cidade para se dar conta desta realidade. Até na estação rodoviária existem compradores de gemas.
Um benefício que a garimpagem trouxe foi a exposição de fósseis de animais pré-históricos, após trabalho desenvolvido a6 metrosde profundidade, na fazenda São Luiz, localizada na linha-3.
O fator negativo é que a quase totalidade destas peças encontradas, são jogadas fora ou mesmo escondidas, por acreditarem os garimpeiros que tais achados trazem azar. Ou seria medo, por existir lei que proíbe a garimpagem em áreas de sítios arqueológicos. De qualquer forma muita coisa se perde, mas ainda há tempo de salvar alguma coisa.
Desde a instalação oficial do município, Juína tem se desenvolvido de forma extraordinária, apesar das dificuldades inerentes à localização da região.
Um dos entraves para o crescimento é a questão energética, apesar da usina idrelétrica do rio Aripuanã ter entrado em funcionamento, não atendeu à demanda necessária. Apesar de ser o maior produtor de diamante industrial do país, e seu subsolo abrigar ricas jazidas, que segundo pesquisas seriam necessários 50 anos para sua exploração, o setor encontra-se desmotivado.
O município tem forte tendência para evolução no campo da pecuária, e as culturas perenes de guaraná, seringueira, cacau e mesmo o café, que tiveram incentivo na década de oitenta, encontravam-se em meados dos anos noventa, em franca decadência.
Mapa do Município
Município criado pela Lei nº 4.456, de 09 de maio de 1982,de autoria do deputado estadual Oscar Ribeiro. Localizado na Mesorregião 127, Microrregião 518 - Aripuanã. Norte mato-grossense. A cidade surgiu a partir da implantação do projeto Juína, com aproximadamente 411.000 hectares de terras, localizada na região do Alto Aripuanã e Juína-Mirim, entre os Km 180 e 280 da rodovia AR-1. Esta estrada ligaria a BR-364, a partir do município rondoniense de Vilhena, até a sede do município de Aripuanã, e passou a se constituir no principal eixo da malha viária prevista para o pólo Aripuanã. A colonização efetiva deu-se a partir de 1978, através de ações desenvolvidas pelo engenheiro civil Hilton de Campos, mato-grossense de Cáceres e antigo funcionário da Codemat, que passou a ser considerado o fundador da cidade de Juína. O projeto que resultou no núcleo Juína foi considerado o maior êxito de colonização da Codemat. Em virtude do crescimento acelerado, em 10 de junho de 1979, foi criado o distrito de Juína.
Dados Gerais de Juína
Na tabela abaixo você encontra dados e informações gerais sobre Juína, como dependência genealógica, aspectos demográficos e outros comentários.
Dependência Genealógica |
O município de Cuiabá deu origem ao município de Santo Antônio do Madeira (Porto Velho - Ro), que deu origem ao município de Aripuanã, do qual originou-se o município de Juína. |
Denominação dos habitantes |
Juinenses. |
População |
39.301 habitantes (IBGE/ contagem 2010) |
IDH |
0,749 (SEPLAN/2000) |
Eleitores |
26.022 (TRE/2006) |
Distrito |
Sede, Fontanilhas, Terra Roxa, Philadélfia. |
Limites |
Aripuanã, Castanheira, Brasnorte, Sapezal, Comodoro e Estado de Rondônia |
Comarca |
Juína. |
Distância de Cuiabá |
725 Km pelas MTs 170/358/343 e BR- 364 |
Geografia do município de Juína
Confira a tabela e conheça mais sobre a geografia do município de Juína.
Altitude |
400 m. |
Distância da Capital |
724 km. |
Extensão Territorial |
26.351,89 km2 (IBGE) 26.251,28 km2 (Município) |
Localização Geográfica |
Mesorregião 127, Microrregião 518 - Aripuanã. Norte mato-grossense. |
Relevo |
Planalto Parecis, Planalto Apiacás-Sucurindi. Serra do Norte, Serra Morena. |
Formação Geológica |
Coberturas não dobradas do Fanerozóico, Bacia páleo-mesozóica Indivisa. Coberturas dobradas do Proterozóico, com granitóides associados. Complexos Metamórficos arqueanos e pré-cambrianos Indiferenciado. Faixa Móvel Rio Negro-Juruena. |
Bacia Hidrográfica |
Grande Bacia do Amazonas. Para esta bacia contribuem os rios Juruena e Madeira. O Juruena recebe pela esquerda o Juína-Mirim. O Madeira recebe pela direita os rios Aripuanã e Tenente Marques. |
Clima |
Equatorial quente e úmido, com 3 meses de seca, de junho a agosto. Precipitação anual de 2.250 mm, com intensidade máxima em janeiro, fevereiro e março. Temperatura média anual de 24ºC, maior máxima 40ºC, menor mínima 0ºC. |
Vereadores de Juina 2013-2016
Município | ||
História de Juína Vista aérea. A cidade surgiu a partir da implantação do Projeto Juína, com aproximadamente 411.000 hectares de terras, localizado na região do Alto Aripuanã e Juína-Mirim. |
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